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- Apontamentos de mecânicaPublication . Silva, João Gaio Calixto da; Cordeiro, Marta; Lagarto, AntónioO texto que se apresenta foi realizado no contexto do Mestrado em Teatro – Especialização em Design de Cena, na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa. Pretende registar e servir de suporte ao Objecto Conferente de Grau de Mestre seleccionado – trabalho/projecto. O projecto “Apontamentos de Mecânica” teve início em Janeiro do ano de 2012. Para este projecto convidei, como co-autores e colaboradores, Márcia Lança, coreógrafa e bailarina e Frederico Lobo, fotógrafo e cineasta. Com a Márcia dividiria todo o tempo útil de projecto e criação, tal como a presença em palco; ao Frederico caberia devolver-nos um olhar exterior e despido de ideias demasiado discutidas. O projecto “Apontamentos de Mecânica” pretende desenvolver espectáculos que têm como ponto de partida objectos, a sua contrução, as suas capacidades mecânicas e as relações que se podem encontrar entre estes e o corpo. Podemos, de um modo geral, incluí-lo dentro da temática do denominado teatro de objectos, ou mesmo do teatro de formas animadas ambos derivantes do teatro de marionetas, do circo, entre outros. O teatro a que este projecto se propõe, pretende ser o resultado de uma pesquisa iniciada na tecnologia dos objectos. Pretende descobrir segredos dos objectos dentro da sua capacidade mecânica; dentro das suas capacidades concretas e materiais. Chamamos-lhe o teatro da matéria.
- No limite a alma: ensaio sobre um objecto artístico/instalaçãoPublication . Mata, Paula Maria de Ayala Botto Mariz Fernandes da; Espada, José Eduardo dos Santos; Mota,TeresaO presente documento é um ensaio que pretende, nos termos do regulamento geral da especialização do mestrado em teatro - design de cena da ESTC, enquadrar e justificar o processo e o objeto original projetado pela candidata após ter escolhido a opção Trabalho de Projeto como objeto final conferente de grau. O Trabalho de Projeto proposto pela candidata é um objeto artístico que podemos identificar como uma Instalação que integra elementos arquitetónicos e multimédia. O presente documento descreve o processo criativo que levou à sua conceção, apresentando e desenvolvendo todas as questões que de alguma forma estiveram ou vieram a estar relacionadas com a orientação das opções tomadas, assim como faculta também o conjunto de dados técnicos que permitem proceder à montagem da dita Instalação. Intitulado “ No limite, a alma”, este objeto artístico deixa adivinhar, por opção da candidata, uma base filosófica como suporte. É sua intenção que a Instalação proporcione uma hiperexperiência estética e imersiva, mas que, simultaneamente nas “entrelinhas” se sinta a presença da filosofia que lhe é inerente. Questões que se prendem com a problemática do processo criativo e a materialização das ideias, assim como questões relacionadas com a experiência do conhecimento e com a memória do espaço, vão ter uma presença velada na Instalação, revelada ou apontada no discurso. Tratando-se de uma criação artística, o processo descrito tem características muito pessoais, o que lhe confere um discurso muito próprio, garante da sua originalidade. A instalação resulta assim numa extensão do imaginário da candidata, onde se cruzam, se sobrepõem e se potencializam todas as visões da autora. O objeto projetado pretende assim fundir num espaço poético a produção criativa e a respetiva fonte de inspiração que ocorreu num dado período de tempo. O ritmo, a luz, a cor, e o som são os elementos principais que imergirão o espetador na experiência, tendo sido o Videoarte o suporte escolhido para a sua coordenação. As características da edificação que integra as projeções do referido Videoarte contribuem também para um tipo de envolvência que convida ao estado imersivo. O discurso produzido ampliará a dita experiência e fará a ponte para o universo criativo da candidata.
- Uma nova medida de esforçoPublication . Nabais, Marina Vieira; Jürgens, Stephan; Aprea, CiroA presente tese de Mestrado reflete sobre um projeto prático desenvolvido na área da Dança, e incide sobre o meu processo coreográfico do espetáculo de dança O Peso de Uma Semente que estreou a 14 e 15 de Fevereiro de 2013, no Centro Cultural de Vila Flor em Guimarães, no âmbito do Festival GUIDANCE, e teve apresentações dias 1, 2, 3 e 5 de Março de 2013, no Teatro Maria Matos, em Lisboa. Este projeto trata-se de um solo de dança interpretado por mim, com o espaço sonoro de Simão Costa, cenários e figurinos de Marta Carreiras, desenho de luz de Cláudia Rodrigues e dramaturgia de Manuela Pedroso. Devido à natureza desta temática, resolvi trabalhar em processo com jovens locais (de Guimarães, e de Lisboa), como forma de receber e partilhar conceitos em exploração ligados à ideia de esforço e de origem de movimento. Estes jovens fizeram o prólogo da peça, nas suas respetivas cidades. Ao iniciar este processo de trabalho, tive necessidade de cingir a pesquisa apenas ao prólogo, uma vez que, como coreógrafa, intérprete e produtora, senti a necessidade de fazer uma análise isenta e com a devida distância do objeto criado. Assim, apesar de também estar envolvida em todo processo, foco a pesquisa nos aspetos metodológicos do prólogo, para que a tese seja objetiva. Desde modo, restrinjo a pesquisa a estes dois grupos de jovens, com características diferentes: duas localizações geográficas distintas (ambas dentro de um contexto urbano), e dois tipos diferentes de vivência com a dança (uma em formato amador, e outra como formação académica profissional). Pretendo com esta tese refletir sobre o meu processo criativo, incidindo sobretudo na metodologia de trabalho e nos eventos que foram acontecendo durante os ensaios. Este processo tem passado pelas várias componentes que compõem as artes performativas – coreografia, interpretação, partilha direta do trabalho com a comunidade, produção. É por isso muito significativo analisar O Peso de Uma Semente de um ponto de vista dos princípios inerentes, e do ponto de vista do prólogo, que formaliza e sintetiza estas componentes descritas, bem como os meus últimos quinze anos de trabalho.