Browsing by Author "Santos, Tatiana Elvira Pereira da Silva dos"
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- Hipertensão arterial não controlada: falha de eficácia da medicação ou na adesão?Publication . Santos, Tatiana Elvira Pereira da Silva dos; Coelho, AndréIntrodução: Em Portugal, as doenças cardiovasculares representam cerca de 32% de todas as mortes e a hipertensão arterial constitui o principal fator de risco para a mortalidade. Embora atualmente se disponha de medicamentos anti-hipertensivos eficazes e seguros, continua a verificar-se uma elevada taxa de doentes hipertensos com a pressão arterial não controlada. Objetivo: Avaliar a relação entre a adesão à terapêutica e a primeira alteração à terapêutica inicial, em doentes hipertensos recém-diagnosticados e tratados, nas Unidades de Saúde da Rede de Cuidados de Saúde Primários da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospetivo, com recurso a dados recolhidos no Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo referentes a doentes hipertensos recém-diagnosticados e tratados com um medicamento anti-hipertensivo, nas Unidades de Saúde da Rede de Cuidados de Saúde Primários da Região de Lisboa e do Vale do Tejo. Com recurso ao Microsoft Excel determinou-se o medication possession ratio por doente e procedeu-se à sua comparação entre os dois grupos, com e sem alterações à terapêutica inicial. Resultados: A amostra foi constituída por 4890 doentes, dos quais 1961 sofreram alterações à terapêutica inicial durante o período em estudo. Os doentes com alterações possuem um medication possession ratio de 78,02±29,49%, enquanto nos doentes sem alterações, esse valor foi de 84,64± 24,93%. Conclusão: Os resultados deste estudo revelam que os doentes que sofreram alteração à terapêutica têm uma adesão à terapêutica inferior até ao momento da alteração comparativamente aos doentes cuja medicação não foi modificada no mesmo período temporal. Assim, essas alterações podem ser impróprias, movidas por falhas na adesão à terapêutica por parte dos doentes e não por falhas na efetividade da medicação.