Browsing by Author "Santos, Raquel Sampaio Alves dos"
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- Uso de epigalocatequina-3-galato e genisteína como potenciais indutores epigenéticos da hemoglobina fetalPublication . Santos, Raquel Sampaio Alves dos; Ribeiro, Edna; Brito, MiguelIntrodução: As β–hemoglobinopatias são uma das doenças autossómicas recessivas mais comuns em todo o mundo. A indução farmacológica da hemoglobina fetal (HbF) é uma estratégia terapêutica promissora e a hidroxiureia (HU) é um fármaco aprovado pela Agência Europeia do Medicamento para este efeito. No entanto, é necessária a identificação de novos agentes com maior atividade indutora, menor toxicidade celular e custo. Mecanismos como a metilação do DNA e acetilação das histonas podem regular a expressão gênica e os compostos naturais são potentes moduladores epigenéticos. A genisteína (GN), um flavonoide da soja, e a epigalocatequina-3-galato (EGCG), principal polifenol do chá verde, foram associados a efeitos epigenéticos e previamente identificados como potenciais indutores da HbF sem efeitos citotóxicos em células K562. Objetivo: Avaliar a modulação epigenética da EGCG e GN na potencial indução da HbF. Material e Métodos: O RNA total de células da linhagem K562 previamente expostas durante 72 ou 96 horas à GN e EGCG em 3 concentrações (100, 250 e 500 ƞg/mL) e à HU a 25 μg/mL, foi quantificado e convertido a cDNA. Por sua vez, este foi usado para avaliar os seus efeitos transcricionais em moduladores epigenéticos (DNMT1, DNMT3A, DNMT3B e HDAC de classe I) pelo qRT-PCR com primers específicos. Resultados: A EGCG afeta maioritariamente a transcrição da HDAC2 e HDAC8 em ambos os tempos de exposição, enquanto a GN influencia os níveis de expressão génica da metilação às 72 horas (especialmente da DNMT1) e desacetilação nos dois tempos (HDAC1, HDAC3 e HDAC8). A análise transcricional de ambos revela uma dose resposta não monotónica (DRNM). A HU aparenta ter efeitos divergentes, com impacto transcricional na metilação em ambos os tempos de exposição (DNMT3A) e da desacetilação às 96 horas (HDAC1 e HDAC8). Conclusão: Sucintamente, os nossos resultados apoiam a hipótese que a EGCG e a GN podem atuar como moduladores epigenéticos perante o seu potencial indutor da HbF e serem eventualmente, futuros candidatos a novos agentes terapêuticos nas hemoglobinopatias.