Browsing by Author "Ribeiro, Marisa Alexandra Sousa"
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- Envolvimento e participação de crianças com perturbação do espetro do autismo no jardim de infânciaPublication . Ribeiro, Marisa Alexandra Sousa; Fuertes, MarinaA aprendizagem profunda e significativa de uma criança no seu contexto educativo relaciona-se com o seu envolvimento e a sua participação no mesmo. Este é um tema importante de estudar, principalmente com crianças que apresentam um comprometimento no seu desenvolvimento, como é o caso de crianças com Perturbação do Espetro do Autismo. A investigação salienta que as crianças que apresentam limitações no seu desenvolvimento correm o risco de serem excluídas e/ou de não atingirem um envolvimento profundo e, uma participação ativa e plena. Neste sentido, o presente estudo tem como principais objetivos: (i) caracterizar a forma como a criança com perturbação do espetro do autismo se envolve e participa nas atividades e rotinas diárias do jardim de infância; e (ii) conhecer as estratégias utilizadas pelos educadores de infância na promoção do envolvimento e da participação destas crianças, no contexto de sala de jardim de infância. Para o efeito, observamos oito crianças com perturbação do espetro do autismo nos seus contextos educativos e, entrevistamos os respetivos pais e educadoras. As crianças, com idades compreendidas entre os quatro e os cinco anos, apresentam diferentes níveis de severidade de autismo, sendo que quatro são (dois pares de) gémeos. Através da observação e da conversação, recolhemos os dados recorrendo a diferentes instrumentos que permitiram perceber que estas crianças, participantes no presente estudo, ou não estavam envolvidas, ou tinham um envolvimento mínimo nos seus contextos educativos. Aspeto que pode estar relacionado com as características próprias da perturbação do espetro do autismo, mas também com as características dos seus contextos de vida. Constatamos ainda que, apesar dos esforços das educadoras, a diversidade que existe nas salas do contexto pré-escolar, pode dificultar o envolvimento absoluto e a participação plena de crianças que apresentem comprometimentos no seu desenvolvimento. Desta forma, considera-se importante salientar que nenhuma das salas destes contextos educativos observados tem mais do que 20 crianças, mas, também nenhuma destas salas tem apenas uma criança com perturbação do espetro do autismo e, ainda existem crianças com outras possíveis problemáticas. Será este um sinal de que é necessário haver mudanças na gestão das salas de jardim de infância?