Browsing by Author "Mendes, Marisa Reis Rodrigues"
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- Histórias multissensoriais: caraterísticas e conceçõesPublication . Mendes, Marisa Reis Rodrigues; Nunes, ClarisseEste estudo pretendeu investigar as caraterísticas físicas de um corpus constituído por 35 Histórias Multissensoriais e explorar as conceções que dez profissionais têm acerca da construção e conto dessas histórias, em contexto escolar. Trata-se de uma investigação descritiva que privilegia um olhar compreensivo e interpretativo, através de uma abordagem qualitativa. A recolha dos dados realizou-se através da pesquisa documental, mais propriamente fotografias dos componentes físicos das histórias, e da aplicação de entrevistas semiestruturadas a vários profissionais. Os dados recolhidos foram sujeitos a análise de conteúdo, com recurso ao software de análise qualitativa ATLAS.ti. Os resultados mostram que as HMS caraterizam-se do ponto de vista físico por: páginas soltas de derivado de madeira ou feitas de cartão rijo reutilizado forrado com plástico autocolante, onde é aplicado, mais frequentemente, um objeto por página com recurso a objetos reais, permanentes na página, amovíveis totalmente ou soltos embora associados à página. A natureza funcional dos estímulos mais utilizada é exploratória, em que sobressaem as qualidades sensoriais relacionadas com a visão e o tato. As histórias são curtas, guardadas, maioritariamente, em caixas de cartão. Verificou-se que os professores assumem a realização de todo o processo de planificação, da construção de forma artesanal ou do conto da HMS. Procedimentos de análise de conteúdo, mostraram que os professores concebem a construção das HMS para um aluno específico, embora a sua utilização ocorra com grupos de alunos. Escolhem objetos reais, do quotidiano dos destinatários e materiais naturais (e.g. fruta, flores). O processo de construção envolve informalidade. O que motiva a construção destas histórias são as reações que as mesmas provocam nos alunos com limitações mais severas. No que diz respeito ao conto, todos os profissionais apontam para o recurso a algum improviso na narrativa ou na forma de facilitar os estímulos, em função da sua avaliação. O respeito pelas escolhas da criança ou jovem é mencionado por todos os participantes. No momento do conto, consideram ser essencial o apoio de outros profissionais. O que suscita maior apreensão para os profissionais é a forma de lidar com o aluno ou o receio de que este não compreenda a história.