Browsing by Author "Lopes, Ana Catarina Martins"
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- Avaliação da função diastólica no ventrículo esquerdo em mulheres hipertensas com excesso de peso ou obesidadePublication . Lopes, Ana Catarina Martins; Oliveira, Luís; Patrício, Filipe; Pina, CarlaOBJETIVO: O principal objetivo deste estudo é analisar a função diastólica do Ventrículo Esquerdo (VE), em mulheres hipertensas que apresentem excesso de peso ou obesidade. INTRODUÇÃO: Alterações de relaxamento do VE tendem a alterar-se em mulheres, e a obesidade e a Hipertensão Arterial (HTA) são fatores de risco frequentemente associados à Disfunção Diastólica (DD). Com o agravamento da função diastólica, passa a coexistir a presença de sintomas e sinais clínicos sugestivos de Insuficiência Cardíaca (IC) e em casos mais avançados, depressão da fração de ejeção do VE. METODOLOGIA: 48 mulheres foram submetidas ao estudo ultrassonográfico, fazendo 11 parte do grupo de controlo (normotensas e peso óptimo) e 37 do grupo hipertenso e com valores ponderais aumentados. Foi utilizado um formulário como instrumento de recolha dos dados clínicos e ecocardiográficos. A análise dos parâmetros ecocardiográficos incidiu na ecocardiografia convencional (bidimensional e modo M) e na ecocardiografia avançada (Doppler tecidular). Todo o procedimento estatístico foi feito por recurso ao software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 19.0. Na análise descritiva utilizaram-se frequências absolutas e relativas, medidas de localização e dispersão, e na análise comparativa utilizou-se o teste de Qui-quadrado e o teste t-Student ou a sua alternativa não-paramétrica, o teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: Não foi possível relacionar a presença de DD entre as duas categorias do Índice de Massa Corporal avaliadas. No entanto, a DD pareceu estar relacionada com o controlo da HTA, sendo que valores tensionais controlados correlacionam-se positivamente com a diminuição da percentagem de casos com DD. Como também, a gravidade da HTA parece ser um fator adjuvante na presença de maiores casos de DD. No total, foram identificados 10 casos (27%) de DD no grupo de mulheres hipertensas. CONCLUSÕES: Ainda não se sabe se a DD é uma resposta adaptativa ou patológica às comorbilidades associadas. Todavia a promoção de um peso óptimo e uma alimentação cuidada isenta de sal resulta na melhoria da função diastólica do VE, podendo apresentar benefícios na prevenção e atraso do desenvolvimento futuro de IC.