Browsing by Author "Charneca, Sofia Margarida Chinita"
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- Adesão à dieta mediterrânica e índice inflamatório da dieta em doentes com artrite reumatóide: relação com a atividade da doença, capacidade funcional e impacto globalPublication . Charneca, Sofia Margarida Chinita; Guerreiro, Catarina SousaIntrodução: A modificação dos hábitos alimentares tem sido sugerida como uma promissora intervenção não farmacológica na Artrite Reumatoide (AR). A Dieta Mediterrânica (DM) e o Índice Inflamatório da Dieta (IID) são duas das intervenções sugeridas neste contexto. Objetivo: Avaliar a relação entre adesão à DM e IID com a atividade da doença, o impacto global da doença e a capacidade funcional em indivíduos com AR. Metodologia: Foram recrutados indivíduos com AR seguidos no Hospital de Santa Maria-Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (HSM-CHULN). O IID foi calculado com base no questionário de frequência alimentar (QFA) e a adesão à DM foi obtida através do questionário PREDIMED. A atividade da doença foi avaliada através do Disease Activity score in 28 joints (DAS28 e DAS28-PCR). O impacto da doença e a capacidade funcional foram avaliados utilizando os questionários Rheumatoid Arthritis Impact of Disease (RAID) e Health Assessment Questionnaire (HAQ), respetivamente. Resultados: Foram incluídos 120 participantes (73,3% do género feminino, 61,8±10,1 anos). Comparativamente aos indivíduos com uma menor adesão à DM, os indivíduos com maior adesão à DM apresentaram scores significativamente inferiores no DAS28-PCR (mediana 3,27 (2,37) vs. 2,77 (1,49), p=0,030), no RAID (mediana 5,65 (2,38) vs. 3,51 (4,51), p=0,032) e no HAQ (mediana 1,00 (0,56) vs. 0,56 (1,03), p=0,013). Uma maior adesão à DM reduziu em 70% a probabilidade de ter uma pontuação de DAS28 mais elevada (OR=0,303, IC95%=(0,261; 0,347), p=0,003). Uma menor adesão à DM está associada a pontuações de DAS28-PCR (β=−0,164, p=0,001), de RAID (β=−0,311, p<0,0001) e de HAQ (β=−0,089, p=0,001), independentemente da idade, género, índice de Massa Corporal (IMC) e farmacoterapia. O IID não se verificou significativamente diferente do IID da população portuguesa (0,00±0,17 vs. -0,10±1,46, p=0,578) e não foram encontradas associações entre a ingestão de macronutrientes ou o IID com os índices clínicos da AR. Conclusão: Uma maior adesão à DM mostrou-se associada a uma menor atividade da doença, a um menor impacto global da doença e a um menor grau de incapacidade funcional em indivíduos com AR.