Browsing by Author "Cardoso, Tiago Miguel de Matos"
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- Recém-nascidos com teste de antiglobulina humana direto positivo que desenvolveram doença hemolítica: prevalência no Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, EPEPublication . Cardoso, Tiago Miguel de Matos; Tavares, Ana Sofia; Nunes, António RobaloA doença hemolítica do recém-nascido ocorre devido à passagem de anticorpos maternos através da barreira placentária, suscetíveis de induzir a hemólise dos eritrócitos do feto, provocando anemia fetal ou ainda sintomas mais graves. É causada por incompatibilidade sanguínea materno-fetal que pode ser decorrente da aloimunização induzida por diversos sistemas sanguíneos. O teste de antiglobulina humana direto é utilizado com o objetivo de determinar se os eritrócitos têm imunoglobulinas e/ou frações do complemento ligados à superfície do eritrócito. Em 1968, foi introduzida a profilaxia com imunoglobulina anti-D com o objetivo de prevenir a sensibilização materna, sendo a incompatibilidade ABO, atualmente, a principal causa do desenvolvimento de doença hemolítica do recém-nascido. O presente estudo teve como objetivo geral determinar a prevalência de recém-nascidos com teste de antiglobulina humana direto positivo que desenvolveram doença hemolítica do recém-nascido no Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca durante o período de tempo compreendido entre 2017 e 2021 e como objetivos específicos determinar a prevalência de recém-nascidos com teste de antiglobulina humana direto positivo por incompatibilidade ABO, por incompatibilidade Rh(D) e por incompatibilidade por outros alo anticorpos que desenvolveram doença hemolítica do recém-nascido. Foram ainda calculadas as prevalências dos anticorpos responsáveis pelo desenvolvimento da doença. Foi realizado um estudo observacional analítico transversal que contou com um total de 133 recém-nascidos. Procedeu-se à consulta do histórico de estudo-imunohematológico dos recém-nascidos e das respetivas mães e à consulta do processo clínico dos recém-nascidos de modo a obter informação referente ao diagnóstico de doença hemolítica do recém-nascido. Os dados obtidos foram tratados no software estatístico IBM SPSS 26®, onde foram utilizadas frequências absolutas e relativas, sendo que para estabelecer a relação/associação entre as variáveis dependentes e independentes foram utilizadas tabelas de dupla entrada, de modo a ser possível responder aos objetivos geral e específicos. Da população em estudo, 64,7% desenvolveu doença hemolítica do recém-nascido. Sendo que a maior percentagem se encontrava associada à incompatibilidade ABO, nomeadamente à incompatibilidade materno-fetal AO. Verificou-se uma prevalência de doença hemolítica do recém-nascido por incompatibilidade ABO de 76,2% e de incompatibilidade RhD de 22,7%. Não se verificou a presença de outros aloanticorpos. Face aos resultados obtidos é possível verificar que existe uma grande percentagem de recém-nascidos com teste de antiglobulina humana direto positivo que desenvolveu doença hemolítica do recém-nascido, sendo de extrema importância o acompanhamento da grávida de modo a identificar e vigiar as grávidas com maior risco de terem recém-nascido com possibilidade de desenvolver a doença.