Browsing by Author "Barreira, Gustavo Castanheira Lopes Godinho"
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- Análise comparativa dos sistemas de climatização: expansão direta vs hidrónicoPublication . Barreira, Gustavo Castanheira Lopes Godinho; Casaca, Cláudia Sofia Séneca da Luz; Henriques, Nuno Paulo FerreiraO conforto térmico é cada vez mais equacionado como um requisito obrigatório, tanto a nível de edifícios de comércio e serviços, como de edifícios de habitação. Hoje em dia, é raro encontrar-se edifícios novos, até 5 anos de idade, sem um sistema de ar condicionado. Existem dois tipos de climatização por compressão de vapor: expansão direta e indireta. A solução de expansão indireta, recorre a um fluido secundário para realizar a permuta térmica, que na maioria das vezes é a água. Este sistema é designado como hidrónico. Este trabalho pretende efetuar uma análise comparativa entre duas soluções centralizadas de climatização: sistema de expansão direta e o sistema hidrónico. A escolha deste tema deveu-se a ser um assunto bastante debatido com inúmeros argumentos válidos em ambos os casos, não existindo uma solução correta, mas sim a solução mais adequada consoante o tipo de aplicação. Neste sentido, foram definidos dois tópicos mensuráveis, considerados dos mais importantes na implementação de um sistema de AVAC. Estes são: o fator económico, que envolve os custos desde a aquisição dos equipamentos até ao fim da vida útil dos mesmos, e o fator ambiental, com base no regulamento F-gas, que pretende regulamentar e diminuir os gases fluorados utilizados, tornando-se assim crucial a escolha de uma solução com baixo Potencial de Aquecimento Global (GWP). Foi selecionado o edifício M do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), para o estudo em questão. Nesta escolha também existiu a preocupação de se ajudar esta instituição, providenciando duas soluções possíveis de se aplicar. Definiu-se um perfil climático referente à localização e importância do edifício. Através do levantamento realizado verifica-se que o edifício não cumpre muitos dos requisitos mínimos e das exigências funcionais dos vários elementos construtivos, havendo perdas ou ganhos térmicos através das envolventes que influenciam muito o seu consumo energético. Os sistemas de climatização existentes no edifício utilizam fluidos frigorigéneos com elevado GWP e com utilização já interdita que perante a legislação em vigor, caso se intervenha no circuito frigorífico é obrigatório a recuperação e destruição de todo esse fluido e substituição por outro. Constata-se que para manter os requisitos mínimos de conforto terá de haver intervenção a nível da envolvente do edifício. Tendo em conta as potências de aquecimento e arrefecimento obtidas verifica-se que entre as duas soluções, o sistema hidrónico irá trazer mais vantagens a longo prazo, apesar do seu custo inicial ser mais elevado e de ocupar mais espaço. É possível comprovar que o sistema hidrónico tem uma maior sustentabilidade ao longo do ciclo de vida pois utiliza a água como fluido principal para a troca térmica, enquanto o VRF utiliza fluido frigorigéneo em toda a sua instalação, logo maior quantidade de fluido a circular. De referir que, o GWP do R410A é superior ao do R134a, este pertencente aos equipamentos hidrónicos, e o sistema de expansão direta detém uma quantidade de fluido frigorigéneo maior, o que se traduz numa carga de toneladas equivalentes de CO2 igualmente superior.