Muxagata, TiagoFrancisco, CláudiaGuerreiro, DianaFernandes, FilipeNunes, Gil2024-09-042024-09-042022-02Muxagata T, Francisco C, Guerreiro D, Fernandes F, Nunes G. A ultrassonografia transcraniana no estudo do parênquima cerebral em síndromes parkinsónicos. In: XV Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 11 de fevereiro de 2022.http://hdl.handle.net/10400.21/17664Introdução: A ultrassonografia transcraniana (UT) surge como uma técnica útil no diagnóstico diferencial de doenças do movimento, nomeadamente em síndromes parkinsónicos e na clarificação dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes. Objetivo: Descrever a utilidade da UT no diagnóstico diferencial em síndromes parkinsónicos. Metodologia: Realizou-se pesquisa nas bases de dados Pubmed e Scopus, filtrando artigos publicados entre 2007 e 2021 com as palavras-chaves descritas no ponto 5. Foram obtidos 65 artigos e destes selecionados 16. Desenvolvimento: O parkinsonismo caracteriza-se por uma combinação de alterações do movimento, visualizada na doença de Parkinson (DP), em casos de síndromes parkinsónicos atípicos, tremor essencial e parkinsonismo secundário. Destas patologias, a mais comum é a DP, que se caracteriza por ser uma doença neurodegenerativa que leva à deterioração dos neurónios de dopamina da substância negra. O exame gold standard da DP é o exame histopatológico. No entanto, não tem impacto na decisão clínica por ser um exame post-mortem. Logo, o diagnóstico torna-se essencialmente clínico, apresentando uma percentagem de erro associada entre 10-20%, grande parte justificada pela dúvida na fase inicial da doença, além da variedade de patologias que dificultam o diagnóstico diferencial. Os exames mais frequentes no diagnóstico diferencial são exames laboratoriais, testes genéticos e exames de imagem, nomeadamente a tomografia computadorizada cerebral, ressonância magnética cerebral, DAT-PET, DAT-SPECT e a UT. Embora seja uma técnica operador-dependente e limitada pela janela acústica de cada paciente, a UT surge como uma hipótese não invasiva e de baixo custo, auxiliando no diagnóstico diferencial da DP com uma sensibilidade e especificidade que varia entre 75-90%. Esta técnica permite a visualização e avaliação da ecogenicidade das estruturas encefálicas, nomeadamente a substância negra, núcleo lentiforme e gânglios da base. Na DP pode-se visualizar hiperecogenicidade da substância negra em até 90% dos casos. Por outro lado, nas síndromes atípicas, nomeadamente na atrofia multissistémica parkinsoniana e paralisia supranuclear progressiva, é observável uma ecogenicidade normal da substância negra e hiperecogenicidade do núcleo lentiforme em até 70-80% dos casos. Conclusão: A ultrassonografia transcraniana fornece informações que permitem detetar precocemente casos de doença de parkinson e facilitar o diagnóstico diferencial entre distúrbios do movimento.porDoença de ParkinsonSíndroma parkinsónicoDisfunção motoraDisfunção não motoraSíndroma atípicoUltrassonografia transcranianaA ultrassonografia transcraniana no estudo do parênquima cerebral em síndromes parkinsónicosconference object