Chinita, Fátima2014-08-012014-08-012013978-989-98215-0-7http://hdl.handle.net/10400.21/3721O II Encontro Anual da AIM teve lugar na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, entre 10 e 12 de maio de 2012.A metanarrativa cinematográfica, que começa por radicar num ímpeto fundamentalmente humano — a tendência para a efabulação — transforma-se num discurso autoral por via da atenção prestada ao ato enunciativo em si mesmo, eventualmente ligado ao enunciado que o motiva. Ao evidenciar uma atividade de narração que se centra sobre os seus fundamentos narrativos (significado do prefixo “meta”), um filme ficcional enuncia-se a si próprio como artefacto emanado de uma mente criativa (seja ela a do realizador e/ou do argumentista) e tendo o storytelling como temática. O discurso autoral sobre esta matéria pode, em nossa opinião, dividir-se em três grandes categorias, consoante a participação mais ou menos explícita que nelas tem o “enunciadormor”, normalmente referido como “autor implícito”: metanarrativas intradiegéticas, quando a voz narrativa é predominantemente das personagens; metanarrativas extradiegéticas, quando a articulação de histórias é organizada de forma assumida pelo próprio autor; narrativas híbridas, quando os filmes são autorreflexivos e dotados de mise en abyme perfeita ou simbiótica, espelhando ao nível da diegese o trabalho enunciativo operado fora dela, no ato constitutivo. Formalmente situado entre o encaixamento e a aporia, o cinema metanarrativo comprova que na arte contemporânea a forma é já parte do seu próprio conteúdo.porMetanarrativaMetacinemaStorytellingEnunciaçãoMetanarrativa cinematográfica: a ficcionalização como discurso autoraljournal article