Gomes, Clara2025-07-082025-07-082025-06-23http://hdl.handle.net/10400.21/21957A ciberformance, uma prática híbrida que mistura ambientes físicos e virtuais, desafia as noções tradicionais de participação do público e de distância performativa. Este artigo investiga como a intermedialidade molda a dinâmica destas performances, levando ao surgimento de um público intermedial. Baseando-se nas teorias clássicas de Bertolt Brecht e Antonin Artaud, em académicos contemporâneos como Freda Chapple e Chiel Kattenbelt e na prática da ciberartista Helen Varley Jamieson, este ensaio estabelece uma ponte entre perspetivas históricas e teóricas e exemplos práticos de ciberformance. A mudança de paradigma possibilitada pelas tecnologias da internet permite uma convergência entre artistas e público, transformando criações artísticas individuais em processos colaborativos. A pergunta de Hamlet “Quem está aí?” simboliza a consciência duradoura do público, agora reformulada dentro dos contextos digitais e de realidade mista. Este artigo explora como a ciberformance negocia interação, autoria e agência, examinando o equilíbrio entre o controle do performer e a participação do público.ABSTRACT - Cyberformance, a hybrid practice mixing physical and virtual environments, challenges traditional notions of audience participation and performative distance. This essay investigates how intermediality shapes the dynamics of these performances, leading to the emergence of an intermedial audience. Drawing on classical theories from Bertolt Brecht and Antonin Artaud, and contemporary scholars like Freda Chapple, Chiel Kattenbelt, and cyberartist Helen Varley Jamieson, the essay bridges historical and theoretical perspectives and practical examples of cyberformance. The paradigm shift enabled by internet technologies allows for convergence between artists and audience, transforming individual artistic creations into collaborative processes. Hamlet's question “Who is there?” symbolizes the enduring awareness of the audience, now reframed within digital and mixed-reality contexts. This article explores how cyberformance negotiates interaction, authorship and agency, examining the balance between performer control and audience participation.engIntermedialidadePúblico intermedialDistância performativaCiberformanceIntermedialityIntermedial audiencePerformative distancejournal article10.34629/rcdmt.vol.2.n.1.pp36-482795-5788