Pedro, LuisaPais-Ribeiro, José LuísPinheiro, João Páscoa2017-01-192017-01-192016Pedro L, Pais-Ribeiro JL, Pinheiro JP. Programa de atividade física no bem-estar pessoal em doentes com esclerose múltipla. In: Leal I, Godinho C, Marques S, Vitória P, Pais-Ribeiro JL. editors. Atas do 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde; 2016. p. 443-8.9789899885530http://hdl.handle.net/10400.21/6757A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica neurológica degenerativa sem cura. A multiplicidade de sintomas, que podem emergir como resultado da EM, mostra que as consequências físicas, cognitivas e psicossociais desta doença são, com frequência, muito abrangentes, variáveis e complexas. Cerca de 50 % dos doentes necessita de utilizar uma ajuda técnica para a marcha 15 anos após o início da doença. A mobilidade é só um dos aspetos da vida diária que pode ser afetado. Destes doentes, 80% reforma-se prematuramente como consequência da sua condição física; 25% necessita de assistência pessoal diária para continuar a viver em sua casa; 26% não tem condições de acessibilidade com cadeira de rodas aos locais a que necessita aceder e 44% tinha meios de transporte desajustados. Embora existam terapias que podem impedir a progressão da doença, centenas de milhares de doentes por todo o mundo ainda ficam com lesões neurológicas residuais com as consequentes deficiências associadas, necessitando assim de estratégias de reabilitação globais, que permitam a participação ativa dos indivíduos no tecido social. A presença de alterações psicológicas em pessoas com EM tem sido descrita ao longo do tempo, nomeadamente os sintomas de ansiedade e depressão. Estima-se que 50% das pessoas com EM tem sintomas de depressão, com implicações prováveis na sua Qualidade de Vida (QoL). A depressão relacionada com a EM está muitas vezes associada a sintomas como: tristeza, perda de interesse pelas coisas, problemas de sono, fadiga, agitação psicomotora, perda de apetite ou obesidade, alterações na autoimagem, sentimentos de culpa, alterações de concentração e pensamentos suicidas. Estes autores preconizam que a depressão na EM aumenta o risco de suicídio, especialmente nos indivíduos jovens de sexo masculino, que sejam socialmente isolados e tenham problemas de alcoolismo. Alguns estudos evidenciam os efeitos positivos da atividade física e do exercício integrado nas rotinas diárias do indivíduo, no sentido de promover o bem-estar através do aumento da atividade física diária, nos hábitos da vida diária ou através de práticas de exercício supervisionadas por terapeutas. O objetivo deste estudo é analisar as implicações de um programa de intervenção de promoção para atividade física (PIPA) no bem-estar pessoal em doentes com EM.porFisioterapiaMedicina de reabilitaçãoEsclerose múltiplaPromoção da saúdeActividade físicaQualidade de vidaPrograma de atividade física no bem-estar pessoal em doentes com esclerose múltiplajournal article