Sequeiros, PaulaMedeiros, Nuno2019-01-102019-01-102018-12Sequeiros P, Medeiros N. Que faremos com estas bibliotecas? CESContexto. 2018;(23):6-10.2182-908Xhttp://hdl.handle.net/10400.21/9303As políticas culturais têm marcado de modo diverso as realidades nacionais e locais das bibliotecas públicas e da leitura pública. Materializando e multiplicando exemplos concretos – desde instituições centenárias na Europa e no mundo ocidental até projetos recentes espalhados por países, regiões e contextos socioculturais –, as bibliotecas têm exercido um papel relevante nos serviços públicos às populações, como lugares de cultura, lazer, aprendizagem, informação, formação e sociabilidade. Como nenhuma outra, se excetuarmos a função de repositório, a leitura aparece indissociavelmente ligada à finalidade das bibliotecas, assimilando-se a um tropo funcional da sua própria definição. A representação imagética da leitura tem-se mantido ocupada pelo livro (objeto e símbolo), expressão máxima da leitura como competência cognitiva e interpretativa e como elemento vetusto e conferente de estatuto. A relação da leitura com estes aspetos de organização social e de acesso a bens culturais, sua apropriação e circulação, bem como a sua imbricação na realidade histórica das bibliotecas constitui desde cedo um tópico do exercício do poder, particularmente visível no contexto da modernidade. O advento da leitura pública como desígnio de projetos nacionais, alicerçados pela qualificação da população e apontados à sua elevação cultural e intelectual, sedimenta a ideia de que cabe aos poderes públicos organizar a relação com o objeto leitural capaz de induzir a transformação humana. No quadro destas reconfigurações insere-se a biblioteca.porBiblioteca públicaPolítica culturalLeitura públicaPortugalQue faremos com estas bibliotecas?journal article