Antunes, David2023-09-122023-09-122023978-972-9370-40-3http://hdl.handle.net/10400.21/16463Os oito ensaios deste livro representam alguns dos meus interesses mais recorrentes, enquanto professor cujas referências são demonstrativas de uma filiação a que se poderia chamar clássica e, sobretudo, da incapacidade de separar o pensamento artístico do pensamento filosófico. São também textos que alimentam e se alimentam da prática pedagógica e, por isso, de forma direta ou indireta, são em muito devedores do privilégio de ser professor na Escola Superior de Teatro e Cinema e, em particular, dos muitos alunos com quem, nesta casa, me cruzei e espero continuar a cruzar. Pensar o teatro ou as questões que o teatro me coloca é sempre para mim um motivo para pensar ‘fora do teatro’ e, por vezes, ‘contra o teatro’. Pensar outras coisas, por outro lado, conduz-me, na maior parte dos casos e invariavelmente, ao teatro. Não creio que a arte se constitua como um regime especial ou excêntrico da atividade humana e, nesse sentido, entendo-a como uma atividade humana entre outras, querendo com isto dizer que os seus praticantes aprendem, se quiserem, a praticá-la, a pensá-la e a descrevê-la. Contudo, pensar, fazer e descrever uma atividade instável, no sentido de esta se furtar à aplicabilidade de índices de operacionalidade técnica, é estar aberto ao sucesso relativo dos pronunciamentos e das ações que possamos fazer ou realizar sobre essa atividade. Estes ensaios evidenciam essa condição e as eventuais virtudes e deméritos que possam ter decorrem da capacidade de mostrarem um pensamento em processo de se pensar e constituir.porTeatroCidadeTragédiaAnimaisRacionalidadeIntermedialEspectadorPerformanceRepresentaçãoAntonin ArtaudSanto AgostinhoEmoçõesConfortoJogoPlatãoHomeroFantasmasEnsaios sobre teatro e outras coisasbook10.34629/ipl.estc.ebook.003