Pimenta, CarlaCorreia, AnabelaAlves, MartaVirella, Daniel2021-12-302021-12-302021-11Pimenta C, Correia A, Alves M, Virella D. Identificar o risco de queda na comunidade após acidente vascular cerebral: serão necessários melhores instrumentos de predição? In: XI Congresso Nacional de Fisioterapeutas [online e ESTeSL], 5 e 6 de novembro de 2021.http://hdl.handle.net/10400.21/14125Introdução e Objetivos: As quedas são muito comuns após acidente vascular cerebral (AVC). A identificação e a caracterização do risco de queda permitem propor medidas adaptadas a cada indivíduo, a fim de minimizá-lo. Este estudo avalia o risco de queda entre indivíduos residentes na comunidade após AVC e explora os fatores que influenciam esse risco. Material e Métodos: Estudo transversal com estudo de caso-controle aninhado, em indivíduos com marcha autónoma, referenciados para fisioterapia ambulatória com tempo de instalação do AVC inferior a 12 meses. Estudaram-se indivíduos referenciados durante 5 anos. Aplicou-se a Escala de Equilíbrio de Berg (BBS), o Timed Up and Go Test (TUG) e a Motor Assessment Scale (MAS). Valores de BBS≤45 e/ou TUG>14 foram considerados como identificando risco de queda. Foram inquiridos os episódios de queda ocorridos após o AVC. Foi avaliada a capacidade de discriminação da estimativa e exploraram-se modelos explicativos por regressão logística multivariável. Resultados: Foram estudados 167 indivíduos entre 21 e 87 anos (mediana 66), 98 homens (58,7%); em 133 (79,6%) o AVC tinha ocorrido há menos de 6 meses. Foi identificado risco de queda em 139 (83,2% [IC95% 76,84 - 88,14]). 78 relataram episódios de queda (46,7% [IC95% 39,30-54,26]). A capacidade de discriminação da estimativa pelo BBS≤45 e/ou TUG>14 foi de 55% (IC95% 47,5-62,4). Não se identificou um modelo preditivo dos indivíduos que referiram quedas. O modelo multivariável para a estimativa do risco para quedas identificou ser mulher e ser mais velho como promotores e a capacidade funcional (avaliada pela MAS) como protectora. A MAS, por si só, discriminou os indivíduos que referiram quedas com AUC 0,69 (IC 95% 0,60-0,77). Conclusões: O risco de quedas é muito alto após AVC, especialmente nos idosos e nas mulheres, e está associado a menor capacidade funcional. As estimativas de risco baseadas nos instrumentos usuais têm baixa capacidade de discriminação dos indivíduos com queda efetiva. Novas ferramentas com melhor desempenho são necessárias para identificar o risco de queda após AVC.porFisioterapiaMedicina de reabilitaçãoAcidente vascular cerebralAVCRisco de quedaPrediçãoInstrumentos de estimação de riscoEstudo observacionalIdentificar o risco de queda na comunidade após acidente vascular cerebral: serão necessários melhores instrumentos de predição?conference object