Nolasco, Ana2022-06-292022-06-292020Nolasco, A. (2020). O gesto político em germe: arte, artesanato, design e feminismo: perspetivas insulares atlânticas. In Domínguez, M., Del Rosal, F., Flores, A. & Moura, V. (Eds), Estética, arte y política (pp. 205-228). Valencia: Universitat de València. ISBN: 978-84-09-2021-5. https://www.uv.es/mia1/LL01.pdf978-84-09-2021-5http://hdl.handle.net/10400.21/14756No início do seu livro Gestos, Flusser define o gesto como “um movimento do corpo ou de um instrumento ligado a ele para o qual não há nenhuma explicação causal satisfatória”, ao contrário do puro movimento reflexivo do corpo ou da ação prática, que apenas executa maquinalmente uma função, os quais se podem “explicar satisfatoriamente de forma causal” (Flusser, 1994: 7). Ao contrário destes movimentos, cujo significado é dado à partida por uma causa fisiológica ou por um objetivo pré-definido, o que caracteriza o gesto é que ele visa o futuro: é o seu fim a vir que lhe confere o significado, o seu significado está sempre porvir (1994, p. 90). Este facto é determinante para outra característica atribuída por Flusser ao gesto: ele é simbólico. Isto é: o seu futuro, ou seja, quem o interpreta, ao fazer a sua própria leitura, é que lhe atribui um significado.porArteArtesanatoDesignFeminismoO gesto político em germe: arte, artesanato, design e feminismo: perspetivas insulares atlânticasbook part