Nogueira, Fábio2021-05-312021-05-312020Nogueira F. O técnico de radiologia no tratamento endovascular das patologias aórticas: especificidades em contexto de intervenção [thesis]. Lisboa: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa; 2020.http://hdl.handle.net/10400.21/13402Trabalho de natureza profissional na área da Radiologia, para admissão às provas públicas de obtenção do Título de Especialista em Radiologia, pelo Instituto Politécnico de Lisboa.Introdução: Nas patologias aórticas, o paradigma de intervenção tem mudado nos últimos tempos, assistindo-se a um aumento das abordagens endovasculares. Os objetivos deste trabalho visam a caracterização da intervenção da Cirurgia Vascular nas patologias aneurismáticas aórticas, num Centro de Referência Vascular e a determinação do perfil radiológico das abordagens endovasculares. Metodologia: Foram identificadas todas as cirurgias aórticas realizadas entre 1 de janeiro de 2018 e 31 de maio de 2019. A amostra foi dividida tendo por base o tipo de abordagem (convencional vs. endovascular) e os procedimentos classificados de acordo com o critério clínico de intervenção. Para as abordagens endovasculares identificou-se a sua tipologia (eletiva vs. urgente/emergente), a equipa cirúrgica, o tipo de material implantado, o equipamento utilizado (arco móvel em C Philips® Veradius Unit vs. angiógrafo Philips® Azurion) e os principais descritores de dose de radiação. Resultados: Nos 17 meses avaliados foram intervencionados 208 pacientes, 168 do género masculino e 40 do género feminino. No total realizaram-se 87 abordagens convencionais e 121 abordagens endovasculares. Destas últimas, 87 decorreram no bloco operatório central, 15 no bloco de urgência e 19 na sala de Angiografia. Nas diversas abordagens endovasculares foram implantados 120 dispositivos, sendo a CooK® a marca mais utilizada (82 procedimentos). De acordo com o local de realização dos procedimentos (bloco central, bloco de urgência e Angiografia) os tempos médios de fluoroscopia foram de 34,6 min, 23,3 min e 63,9 min, respetivamente. A Dose-área produto média dos procedimentos do bloco operatório central ficou-se nos 63,02 Gy.cm2 e o Air Kerma incidente nos 336,5 mGy. O percentil 75 situou-se nos 80,3 Gy.cm2 e 428 mGy. No bloco de urgência os valores de DAP e Air Kerma incidente médios foram de 57,33 Gy.cm2 e 296,2 mGy. O percentil 75 situou-se nos 70,1 Gy.cm2 para o DAP e 389 mGy para o Air Kerma incidente. Na angiografia os valores médios de DAP foram de 245,93 Gy.cm2 e de Air Kerma incidente de 1975,58 mGy. O percentil 75 de ambas as grandezas de dose situou-se nos 302,92 Gy.cm2 e 2436 mGy. Conclusão: As abordagens endovasculares são menos invasivas que as convencionais, condicionam tempos de recuperação menores, curtos internamentos em cuidados intensivos e menor mortalidade a curto prazo, mas carecem de avaliações a longo prazo. Quando complexas, estão associadas a grande exposição à radiação, sendo necessário uma continua optimização dos procedimentos e uma seleção adequada dos pacientes a intervencionar.porCirurgia vascularAbordagem endovascularAbordagem convencionalDoença aórticaO técnico de radiologia no tratamento endovascular das patologias aórticas: especificidades em contexto de intervençãoThesis