Mota, PatríciaCarvalho, AndreiaCabral, Joana Filipa Sifredo2025-04-112025-04-112024-12-102024-12http://hdl.handle.net/10400.21/21814Mestrado em Fisioterapia - Área de especialização. Fisioterapia em Saúde da MulherIntrodução e Objetivo: As disfunções sexuais femininas (DSF) impactam negativamente a qualidade de vida, a satisfação sexual e o bem-estar das mulheres. Mulheres com disfunções do pavimento pélvico (DPP) apresentam maior prevalência de DSF. O tratamento destas condições deve ser multidisciplinar e deve envolver diferentes profissionais e estratégias terapêuticas. Este estudo visa estimar a prevalência de DSF em Portugal, caracterizar a procura de ajuda para problemas sexuais e averiguar se a fisioterapia está integrada na resposta clínica. Desenho de Estudo: Trata-se de um estudo observacional transversal. População: Mulheres residentes em Portugal, com idades entre os 18 e os 65 anos. Métodos: Um questionário online de autorresposta foi divulgado nas redes sociais, estando disponível entre 6 de março e 4 de maio de 2024. Numa amostra final de 382 mulheres, avaliouse: (I) Perfil sociodemográfico, (II) Índice de Função Sexual Feminina (IFSF), e (III) Procura de ajuda e resposta clínica. A prevalência de DSF foi calculada através do IFSF. Resultados: Observou-se uma prevalência de DSF de 28,4%, com 16,2% das mulheres a procurar ajuda clínica. Ginecologistas e fisioterapeutas foram os profissionais mais procurados. Fisioterapia, uso de lubrificante e medicação foram os tratamentos mais recomendados. Conclusão: A prevalência de DSF em Portugal foi estimada em 28,4%. É crucial que os profissionais de saúde abordem questões relacionadas com a sexualidade feminina durante as consultas de rotina, considerando a sua elevada prevalência e a reduzida procura de ajuda. Este estudo evidencia que a fisioterapia está presente na resposta clínica, sugerindo uma possível mudança no reconhecimento da sua importância no tratamento da DSF.ABSTRACT: Overview and Aims: Female sexual dysfunctions (FSD) negatively impact women's quality of life, sexual satisfaction, and overall well-being. Pelvic floor muscles play a crucial role in sexual function (SF), and there is a higher prevalence of FSD in women with pelvic floor disorders (PFD). The treatment of these conditions must be multidisciplinary and involve different professionals and therapeutic strategies. This study aimed to estimate the prevalence of FSD in Portugal, characterize the help-seeking behavior for sexual problems, and determine whether physiotherapy is included in the clinical response to these conditions. Study Design: This is a cross-sectional observational study. Population: Women residing in Portugal aged between 18 and 65 years. Methods: The questionnaire was disseminated via social media and was available online from March 6 to May 4, 2024. A total of 415 women participated, resulting in a final sample of 382 women. A self-administered online questionnaire composed of three parts (I. Sociodemographic profile; II. Female Sexual Function Index (FSFI); III. Help-seeking and clinical response) was used. Prevalence was calculated using the FSFI. Results: The study found a 28.4% prevalence of FSD, with 16.2% of women seeking clinical help. Gynecologists and physiotherapists were the most consulted professionals. Recommended treatments most often included physiotherapy, lubricant use, and medication. Conclusions: The prevalence of FSD in Portugal was estimated at 28.4%. Health professionals should address sexuality-related questions during routine consultations due to its high prevalence and low help-seeking behavior. This study highlights that physiotherapy is included in the clinical response to these conditions, suggesting a potential shift towards recognizing its value in addressing FSD despite its often-cited underutilization.porFisioterapiaMedicina de reabilitaçãoPavimento pélvicoFunção sexualPhysiotherapyRehabilitationPelvic floorSexual functionMFTmaster thesis203756177