Chinita, Fátima2015-01-052015-01-052013http://hdl.handle.net/10400.21/4099O III Encontro Anual da AIM teve lugar na Universidade de Coimbra (CEIS20 e o Departamento de História, Arqueologia e Artes - Faculdade de Letras) entre 9 e 11 de Maio de 2013. As Atas destePreprint. O artigo está editado no livro Atas do III Encontro Anual da AIM (2013), editado por Paulo Cunha e Sérgio Dias Branco. Coimbra: AIM, 2014. ISBN 978-989-98215-1-4.O cérebro humano possui a capacidade de efabular e utiliza-a na sua fértil vida psíquica, tanto a dormir (em sonhos), como acordado (em fantasias); quer de modo saudável e catártico, quer de modo patológico e compulsivo. Como nem todos os seres humanos são artistas, muitas destas “criações” efabulatórias não são partilhadas nem logram aumentar o espólio cultural das nações. No entanto, alguns dos efabuladores espraiam a sua verve criativa em produções que partilham com outrem. Deste modo a efabulação natural chega à arte, de que o cinema é uma via possível. As obras cinematográficas de narrativa assumidamente não linear constituem-se como um desafio de reconstrução para o vidente, apelando à sua capacidade de descodificação de um mistério subjacente ao enredo (o ato de storytelling) mais do que à(s) história(s) narrada(s). Inicia-se assim uma interação entre autor e recetor, sendo justamente nesse relacionamento que reside a fruição da obra. Com fortes bases metanarrativas, em que o objetivo discursivo dos filmes enquanto arte reside na exposição das técnicas de construção, com o intuito de realçar o anti ilusionismo e toda a dimensão falsificante da narrativa que Gilles Deleuze (1985), em grande parte, atribui à manipulação do tempo, este artigo propõe fazer o mapeamento temporal do filme Following, de Christopher Nolan (1998, UK). Assim se pretende enaltecer a estratégia de ambiguidade adotada, ao mesmo tempo que se descobre, por trás de uma aparente dimensão aleatória, uma sólida arquitetura de construção que convida o espetador a tomar parte num jogo narrativo.porStorytellingTemporalidadeJogo narrativoChristopher NolanFollowingO fio de Ariadne: as narrativas labirínticas de Christopher Nolanpreprint