ESELx - Dissertações de Mestrado
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- O desenvolvimento da consciência fonológica num grupo de crianças de 4 e 5 anosPublication . Cardoso, Joana Beato Monteiro de Abreu; Lino, Dalila Maria Brito da CunhaO presente relatório foi elaborado no Âmbito da Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II, que se insere no 2.º Semestre do 2.º Ano do Mestrado em Educação Pré-Escolar, na Escola Superior de Educação de Lisboa. Este relatório diz respeito à minha intervenção em Jardim de Infância (JI). Foi-me assim proposta, durante a intervenção, a implementação de um projeto com o grupo, a realização de um portfólio de desenvolvimento e aprendizagem de uma criança do grupo e a investigação de uma problemática. A prática decorreu com um grupo de 24 crianças, dos 3 aos 5 anos, numa instituição pública. A problemática definida para a investigação foi “O desenvolvimento da Consciência Fonológica num grupo de crianças de 4 e 5 anos” e surgiu do interesse verificado em sala pelas letras e sons e construção de palavras e frases por parte das crianças do grupo, assim como da implementação de atividades que trabalham estes aspetos por parte da Educadora. É, igualmente, premente referir que fui desenvolvendo bastante interesse pela área da linguística, ao longo do meu percurso no ensino superior, pelo que muito me satisfaz estudar com mais profundidade o tema em questão e os objetivos traçados. Neste sentido, a investigação surgiu do interesse e vontade de compreender a importância do educador de infância na promoção do trabalho da consciência fonológica, sendo este fundamental para a posterior aprendizagem da leitura e da escrita. Refiro também a rima e o conhecimento de letras, aspetos relacionados com a CF e mobilizados pelas crianças do grupo. Para dar resposta aos objetivos definidos, foram fundamentais a observação direta e as notas de campo efetuadas. Foi também importante a entrevista realizada à Educadora Cooperante. Concretizei a apresentação e discussão dos dados, em que procedi à triangulação da informação, considerando a entrevista, as notas de campo registadas e a fundamentação teórica pesquisada. O método utilizado foi o estudo de caso, especificamente, o estudo de caso descritivo, sendo a natureza de investigação qualitativa. As técnicas utilizadas foram a observação direta (originando as notas de campo), conversas informais, registos fotográficos e a entrevista. As conclusões deste relatório proporcionam ao leitor diversas informações e conhecimentos relevantes para a prática educativa em sala de JI, revelando a importância do educador de infância na promoção do trabalho da consciência fonológica.
- O atelier em Reggio Emilia: potencialidades para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças na educação pré-escolarPublication . Pereira, Filipa Nunes; Rodrigues, Carina Miguel Figueiredo da Cruz RosaO presente relatório, desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II, inserida no curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), visa descrever e analisar, reflexiva e fundamentadamente, a intervenção realizada num Jardim de Infância (JI) de Lisboa, entre 2 de outubro de 2023 e 1 de fevereiro de 2024, com um grupo de 24 crianças na faixa etária dos 3 anos. Para além da caracterização da ação contextualizada, bem como da análise reflexiva da intervenção, o documento apresenta a investigação igualmente desenvolvida no decurso da PPS II. A escolha do seu tema surgiu da observação em contexto de estágio, em que o envolvimento espontâneo e a autonomia demonstrados pelas crianças na utilização do mini-atelier despertaram em mim o interesse por compreender melhor o papel deste espaço nas suas aprendizagens e no seu desenvolvimento. A partir desta inquietação, defini como objeto de estudo o atelier na abordagem Reggio Emilia, dando origem à investigação intitulada: “O Atelier em Reggio Emilia: potencialidades para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças na educação préescolar”. Desta feita, procurei alcançar três objetivos fundamentais: i) compreender de que forma a organização do espaço e dos materiais do atelier influencia a autonomia da criança; ii) analisar as potencialidades do atelier como espaço de aprendizagem; e iii) identificar formas de exploração deste espaço, bem como o papel do adulto sobre a ação da criança neste processo. A aplicação do estudo concretizou-se através de observações participantes e não participantes, registo de notas de campo, registos fotográficos, uma entrevista semiestruturada à coordenadora responsável pelo atelier, e a aplicação de questionários a educadoras de infância da instituição. Esta recolha de dados permitiu-me analisar de forma mais aprofundada como o atelier pode funcionar como terceiro educador, criando oportunidades de aprendizagem ricas, significativas, criativas e promotoras de autonomia.
- Espaços de aprendizagem no jardim de infância: diferenças de brincadeira entre o espaço interior e exteriorPublication . Martins, Catarina Filipa Gouveia; Almeida, Tiago Alexandre FernandesO presente relatório enquadra-se na Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), pertencente ao plano de estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa. Assume como finalidade central a análise crítica, reflexiva e devidamente fundamentada do percurso de intervenção desenvolvido em contexto de Jardim de Infância, no exercício da prática pedagógica enquanto educadora-estagiária. A intervenção decorreu entre 30 de setembro de 2024 e 7 de fevereiro de 2025, junto de um grupo constituído por 17 crianças com idades compreendidas entre os três e os quatro anos. Este relatório integra, igualmente, uma componente investigativa centrada nas conceções relativas às oportunidades de brincadeira em contexto educativo, delineada com base nas interações e vivências do grupo de crianças em estudo. A investigação objetiva, mais concretamente: (i) Identificar os tipos de brincadeira que ocorrem nos espaços interiores e exteriores e os fatores que as influenciam; (ii) Examinar como os recursos materiais e organização dos espaços interiores e exteriores promovem ou limitam as diferentes formas de brincadeira; (iii) Compreender a perspetiva da educadora e das crianças sobre as vantagens e desafios associados à brincadeira em espaços interiores e exteriores. Do ponto de vista metodológico, a investigação enquadra-se numa abordagem qualitativa, alicerçada no método de estudo de caso, o que possibilita uma compreensão aprofundada e contextualizada do fenómeno em análise. Com o intuito de garantir a riqueza e a credibilidade dos dados obtidos, foram mobilizadas diversas técnicas e instrumentos de recolha de informação, permitindo a sua posterior triangulação. Entre os procedimentos utilizados destacam-se a observação direta, tanto participante como não participante, os registos sistemáticos de observação e a realização de entrevistas, instrumentos que contribuíram para uma análise interpretativa e rigorosa do conteúdo emergente. 5 A análise desenvolvida ao longo do presente estudo evidencia a importância das experiências de brincadeira, nos espaços interior e exterior, como contextos privilegiados para a aprendizagem e o desenvolvimento integral das crianças. A identificação dos diferentes tipos de brincadeira que ocorrem nestes ambientes, bem como dos fatores que os influenciam, permitiu aprofundar a compreensão sobre as condições que favorecem ou restringem a expressão lúdica infantil. Neste quadro, destacou-se o papel do adulto na organização do espaço e na disponibilização de recursos, assumindo uma função determinante na criação de oportunidades educativas consistentes. As perspetivas partilhadas pela educadora e pelas crianças sublinham a relevância de contextos intencionalmente estruturados, nos quais a liberdade de escolha, a diversidade de materiais e a acessibilidade dos ambientes contribuem para vivências mais enriquecedoras, estimulantes e ajustadas às necessidades do grupo.
- O tempo presente: recurso para compreender o tempo passado em história e geografia de PortugalPublication . Vieira, Beatriz Fernandes; Hortas, Maria João de Oliveira BarrosoO presente relatório resulta da Prática de Ensino Supervisionada no âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º Ciclo. A investigação realizada tem como problemática central: A compreensão do passado a partir de situações do presente recorrendo a estratégias ativas de aprendizagem contribui para o desenvolvimento de competências de comunicação e pensamento crítico em História. Para dar uma resposta à problemática definida, formularam-se os objetivos: (i) Compreender de que modo os problemas sociais do presente permitem construir conhecimento sobre o passado; (ii) Caracterizar as estratégias de ensino e aprendizagem que permitem a realização de aprendizagens ativas; (iii) Analisar as competências de comunicação em História desenvolvidas pelos alunos; (iv) Analisar as competências de pensamento crítico desenvolvidas pelos alunos. Metodologicamente, o estudo integra procedimentos de natureza qualitativa, recorrendo predominantemente a análise de conteúdo através de diferentes fontes, que incluíram planificações de aulas, produções escritas e orais dos alunos e atividades realizadas em sala de aula. Os resultados obtidos permitem reconhecer as estratégias utilizadas, pelas melhorias na participação, na expressão oral e escrita e na capacidade crítica dos alunos. Confirma-se também que o recurso a situações do presente para abordar conteúdos do passado favorece a construção de aprendizagens com sentido, aproximando os alunos dos temas históricos e promovendo uma relação mais ativa e reflexiva com o conhecimento. O estudo evidencia, ainda, o papel essencial da intencionalidade pedagógica e da investigação na formação de professores e na construção de práticas mais conscientes e eficazes.
- O papel e as potencialidades dos jogos na interação e aprendizagem no pré-escolarPublication . Pinto, Ana Filipa Costa; Silva, Rita Margarida de Aquino Friães Neves daEste relatório espelha o percurso de intervenção e reflexão desenvolvidos ao longo da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), realizada num contexto de Jardim de Infância (JI). Durante cerca de quatro meses, a prática decorreu com um grupo de 25 crianças, entre os quatro e os seis anos, uma educadora de infância cooperante e uma assistente operacional, que em conjunto facilitaram a imersão na prática educativa. Este período foi crucial para a construção da minha identidade profissional decorrente da prática reflexiva e da investigação realizada, de que o presente relatório dá conta. A fundamentação desta intervenção educativa começou com uma caracterização detalhada do contexto socioeducativo onde a prática foi implementada. Esta fase permitiu uma integração gradual e informada, essencial para a compreensão das dinâmicas do contexto. A partir desta compreensão, desenvolvi uma investigação intitulada “O papel e as potencialidades dos jogos para a interação e aprendizagem no pré-escolar, com os seguintes objetivos: (i) mapear os jogos existentes na sala e aqueles a que as crianças recorrem com maior frequência; (ii) analisar o lugar e o papel que os jogos ocupam no dia a dia do grupo; (iii) identificar potencialidades dos jogos para as interações e para a aprendizagem em contexto de pré-escolar. Esta escolha emergiu da observação da importância dos jogos de mesa no quotidiano das crianças e da “filosofia pedagógica” preconizada pelo jardim de infância. A investigação assentou numa abordagem qualitativa, tendo sido norteada pela metodologia de estudo de caso. Para a recolha de dados, recorri a diversas técnicas, incluindo observação direta participante e não participante, entrevista semiestruturada com a educadora cooperante e questionários aplicados ao grupo de crianças em dois momentos diferentes da prática. Os resultados evidenciam que a estruturação pedagógica e a implementação dos jogos de mesa na sala de referência apoiaram a promoção da interação social e o desenvolvimento cognitivo das crianças. Exemplos disso incluem a construção espontânea de padrões matemáticos em atividades de enfiamentos de cores ou a colaboração na criação de um puzzle coletivo. Além disso, o envolvimento das crianças na negociação de regras e na entreajuda durante os jogos evidencia como estas dinâmicas promovem o desenvolvimento da autonomia e da cooperação. Tais interações reforçam a importância do brincar como elemento central na construção de aprendizagens significativas e na formação de relações sociais positivas. Este estudo dá pistas de como os jogos de mesa podem ser estrategicamente utilizados para enriquecer o processo educativo, sendo esta potencialidade confirmada pela participação ativa das crianças e pelo ambiente estimulante proporcionado pelos jogos.
- Gestão de conflitos no ensino básico: desafios, estratégias e práticas de mediação numa turma de 1.º CicloPublication . Loureiro, Sara Raquel Antunes; Silva, Rita Margarida de Aquino Friães Neves daO presente relatório insere-se no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada (PES), realizada no 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico, em duas instituições públicas situadas nos concelhos de Sintra e da Amadora, entre janeiro e maio de 2024. A prática envolveu turmas do 2.º e 6.º anos de escolaridade, respetivamente. A investigação emergiu da análise das dinâmicas relacionais observadas em sala de aula, com foco nos comportamentos conflituosos, que se mostraram mais visíveis e recorrentes no 1.º Ciclo. Esta constatação levou à decisão de centrar a pesquisa neste ciclo, a fim de compreender melhor as características e implicações desses conflitos neste nível de ensino. O estudo teve como objetivos principais caracterizar os tipos de conflito mais frequentes entre os alunos em sala de aula, identificar os fatores que motivam esses conflitos, analisar o papel do professor e dos próprios alunos na gestão de conflitos, e identificar as práticas pedagógicas que possam promover o desenvolvimento da autonomia das crianças na resolução de conflitos. A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com uma combinação de métodos dedutivo e indutivo. O método dedutivo permitiu partir de conceitos teóricos sobre conflitos escolares, enquanto o método indutivo facilitou a análise das evidências empíricas observadas no contexto escolar. As técnicas de recolha de dados utilizadas foram a observação direta (participante e não participante), análise documental (registos disciplinares e relatórios escolares) e entrevistas semiestruturadas a docentes e técnicos de ação educativa. A análise de conteúdo dos dados permitiu identificar categorias temáticas relacionadas com os conflitos escolares, como o desrespeito pelas normas, dificuldades na gestão emocional e falhas na comunicação interpessoal, que se revelaram fatores determinantes na perpetuação dos comportamentos conflituosos. Os resultados obtidos mostram que os conflitos entre alunos estão frequentemente associados à falta de competências socioemocionais, à incapacidade de lidar com a frustração e à ausência de rotinas consistentes de convivência. Além disso, observaramse um conjunto de estratégias pedagógicas que promovem a comunicação empática, a responsabilização e o trabalho colaborativo, tendo sido eficazes na diminuição dos comportamentos desajustados, contribuindo para a melhoria das relações interpessoais e o desenvolvimento de competências sociais e emocionais. O estudo sublinha a importância de uma intervenção pedagógica contínua e estruturada, centrada na mediação de conflitos e na promoção de um clima escolar positivo. Conclui-se que a mediação escolar e a educação emocional são fundamentais para criar um ambiente de respeito, inclusão e convivência pacífica nas escolas, sendo imprescindível a formação contínua dos docentes e uma colaboração estreita entre escola e família.
- Perspetiva dos jovens com necessidades educativas especiais, família e profissionais sobre os tempos livresPublication . Santos, Sara Simões Costa; Dionisio, Marina Gabriela Gonçalves FuertesAo longo das últimas décadas, tem-se assistido, em Portugal ao desenvolvimento de políticas educativas que tem como objetivo a inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais, promovendo assim medidas que garantam a igualdade na participação e na adaptação das práticas escolares às necessidades individuais de cada jovem com necessidades educativas especiais. O presente estudo tem como objetivo compreender a perspetiva dos jovens com necessidades educativas especiais, dos encarregados de educação e dos profissionais sobre os tempos livres realizados no âmbito do projeto “Tardes Felizes”, desenvolvido numa escola básica. O estudo tem como foco os alunos do 2.º e 3.º ciclo que beneficiam de medidas educativas seletivas ou adicionais, procurando analisar as suas preferência, ambições e oportunidades no acesso às atividades de tempos livres. De modo a alcançar esses objetivos, foi adotada uma metodologia que inclui métodos qualitativos e métodos quantitativos, através da realização de entrevistas semiestruturadas e observações diretas cotadas com a escala Playful. Por meio da recolha dos dados foi possível identificar as dinâmicas de brincar, os níveis de autonomia e o impacto das atividades de tempos livres em aspetos como o desenvolvimento social e motor dos jovens. As medidas educativas seletivas procuram colmatar as necessidades de suporte à aprendizagem e à inclusão, consistindo na aplicação de um percurso escolar diferenciado e adaptações curriculares não significativas. As medidas educativas adicionais visão colmatar as dificuldades acentuadas ao nível da comunicação, interação, cognição ou aprendizagem, necessitando de recursos mais especializados de apoio à aprendizagem e à inclusão. Por um lado, os jovens com medidas educativas seletivas com irmãos apresentam maior preferência por brincar com os colegas, valorizando a interação social. Por outro lado, os jovens com medidas educativas adicionais apresentam maior preferência por brincarem sozinhos, o que pressupõem uma maior necessidade de terem momentos individuais. 6 No que diz respeito à comparação entre brincar sozinho ou com um adulto, a maioria dos jovens apresentam preferência por brincar com um adulto, o que pode indicar a sua necessidade de apoio durante o ato de brincar. No entanto, alguns jovens do sexo masculino, com irmãos e que, atualmente, encontram-se entre o 5.º/6.º ano de escolaridade, apresentam preferência por brincarem sozinhos. Podemos assim entender, que o tipo de medidas educativas, o contexto familiar, o sexo e o ano de escolaridade influenciam as preferências lúdicas dos jovens. Considera-se assim que a presença de um monitor dos tempos livres é importante para que os jovens participem ativamente nas atividades desenvolvidas, promovendo a autonomia dos mesmos e as suas interações sociais. Igualmente, o resultado sublinha a importância de práticas educativas adaptadas às crianças e jovens com necessidades especificas garantindo a inclusão de todos e de cada jovem nos tempos livres. Este estudo destaca-se pelo facto de dar voz direta aos jovens com necessidades educativas especiais, aos seus encarregados de educação e aos profissionais que os acompanham. Contribuindo para uma análise mais aprofundada das dinâmicas de inclusão em contexto de tempos livres.
- De que modo é possível promover a inclusão de uma criança com perturbação do espectro autista! Rotinas, atividades e ambiente de grupo inclusivo em pré-escolarPublication . Rato, Telma Catarina Martins Castro; Dionisio, Marina Gabriela Gonçalves FuertesO Presente relatório de estágio surge no âmbito da Unidade Curricular Prática Profissional Supervisionada II (PPS II) e tem como principal objetivo retratar de forma reflexiva e fundamentada a minha ação, enquanto educadora estagiária, numa sala da valência de Pré-escolar, com crianças, que têm idades compreendidas entre 3 e os 5 anos, sendo os 4 anos a idade predominante. Este estágio iniciou-se no dia 30 de setembro de 2024 e terminou no dia 24 de janeiro de 2025. No presente relatório, encontra-se a caraterização do contexto e participantes da ação educativa, em que decorreu o estágio. A compreensão dos processos e interações é fundamental para a definição para a planificação da ação educativa. Em seguida, apresentam-se as intencionalidades educativas para o trabalho com as crianças, famílias e Equipa Educativa. A intervenção só se conclui com a sua posterior avaliação que foi construída, tendo por base, a análise reflexiva da minha prática. Considerando que o grupo no qual realizei o estágio inclui uma criança com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) com necessidade de elevado suporte, o presente estudo dedica-se a experiência pedagógica com esta criança. Assim, ao conhecer o MV procurei aprofundar os meus conhecimentos sobre a PEA e apreender estratégias que promovam a inclusão de crianças com PEA no ambiente de sala e grupo. Deste processo, surgiu assim uma investigação de natureza qualitativa, com a seguinte questão de partida: “De que modo é possível promover a inclusão de uma criança com PEA, tanto no ambiente de grupo como nas atividades e no decorrer da rotina do grupo?”. Para o efeito, foram descritas as forças e dificuldades do MV. Esta caracterização é facilitadora da inclusão, visto que o reconhecimento das especificidades e fragilidades da criança permitem estabelecer estratégias e materiais educativos adaptados e o reconhecimento das potencialidades permite agir com base nas forças. Também se conclui que a educação para a inclusão exige respostas individualizadas, ou seja, visto que cada criança é um ser humano individual com características e necessidades especificas. Após a investigação, é apresentado um texto analítico e reflexivo sobre os contributos da PPS I e II para a construção da minha profissionalidade enquanto futura educadora de infância. Por fim, apresenta-se uma conclusão sobre o trabalho desenvolvido.
- Desafios na proteção da infância: produção académica e perspetivas de técnicos/as de uma comissão de proteção de crianças e jovensPublication . Negrinho, Vânia Alexandra Lopes; Tomás, Catarina AlmeidaOs Direitos das Crianças nem sempre foram reconhecidos tal como os conhecemos. A Convenção dos Direitos da Criança, que Portugal ratifica em 1990, constitui um marco nesse percurso. Outro marco importante, foi a promulgação da Lei n.º 147/99, de 1 de setembro — Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo — que representa um avanço significativo na salvaguarda destes direitos. Desde a sua promulgação, foi alvo de várias alterações e estabelece os princípios orientadores da proteção à infância, regulando ainda o funcionamento das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). É neste enquadramento que se inscreve o estudo, referenciado à Educação Social, à Sociologia da Infância e aos Estudos Sociais dos Direitos da Criança. Tem como objetivos (i) mapear a produção académica sobre as CPCJ; (ii) analisar os discursos dos/as técnicos/as de uma CPCJ sobre os desafios que se colocam na implementação da proteção à infância em Portugal. Metodologicamente, optou-se por uma abordagem qualitativa, de natureza interpretativa, recorrendo à análise documental e à realização de entrevistas semiestruturadas a técnicos/as de uma Comissão Restrita de uma CPCJ do distrito de Lisboa. Esta estratégia permitiu aceder às perspetivas dos/as profissionais sobre as suas práticas, os enquadramentos normativos que as sustentam e os desafios sentidos. Os resultados revelam que a produção académica sobre as CPCJ em Portugal tem sido maioritariamente desenvolvida no âmbito do mestrado, especialmente na Psicologia e no Serviço Social. Contudo, observa-se ainda uma presença pouco expressiva de trabalhos ancorados na Educação Social e na Intervenção Comunitária, evidenciando um campo promissor para investigação crítica e transformadora a partir destas áreas. Quanto aos discursos dos/as técnicos/as entrevistados/as, destaca-se a valorização dos quadros legais que orientam a intervenção das CPCJ, acompanhada, porém, por uma perceção de hiato entre políticas públicas e a sua implementação. As principais dificuldades identificadas centram-se na relação com as famílias, nas resistências institucionais e comunitárias, bem como na insuficiência de recursos. Embora se reconheça uma intervenção limitada da comissão alargada junto da comunidade, enfatiza-se o superior interesse da criança como princípio orientador da ação socioeducativa.
- A implementação do DL N.º 54/2018 na escola: conceções e práticas dos professoresPublication . Raimundo, Vera Cristina Martins Mendes; Madureira , Isabel de Lacerda PizarroEste estudo qualitativo pretendeu investigar a implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018, que regula a educação inclusiva em Portugal, com o objetivo de compreender como os seus princípios e medidas são percecionados e aplicados pelos professores. O trabalho incidiu sobre as práticas pedagógicas de cinco docentes do 1.º Ciclo do Ensino Básico – três do ensino regular e duas da educação especial – pertencentes ao mesmo agrupamento de escolas do concelho de Oeiras. Através de observações naturalistas não participantes e entrevistas semiestruturadas, procurou-se identificar as estratégias utilizadas na aplicação da legislação, bem como as dificuldades enfrentadas no contexto escolar. Os resultados demonstram que as professoras têm um conhecimento consistente do DL 54/2018, reconhecendo-o como um instrumento globalmente positivo e abrangente que visa promover respostas educativas personalizadas, alinhadas com os princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Contudo, foram identificados desafios que refletem dificuldades de ordem prática, bem como de natureza organizacional e colaborativa. Estas dificuldades comprometem a eficácia da aplicação das Medidas de Suporte à Aprendizagem e Inclusão (MSAI), limitando a concretização dos princípios inclusivos. Por outro lado, as práticas observadas revelam uma discrepância entre o discurso das docentes e a sua ação pedagógica, especialmente no ensino regular, onde ainda predominam métodos tradicionais e pouco diferenciadores. Em contraste, as docentes de educação especial demonstram maior capacidade de adaptação às necessidades individuais dos alunos, promovendo um acompanhamento mais personalizado. Esta diferença evidencia a necessidade de promover o trabalho colaborativo e melhorar a articulação entre profissionais, investir na formação contínua e clarificar procedimentos, para garantir que a inclusão se concretize de forma efetiva no quotidiano escolar e não se reduza ao cumprimento formal da legislação.
